domingo, 13 de dezembro de 2015

Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi - 1983 - Richard Marquand

E por agora termina aqui. Não vai é durar muito tempo: everything is about to change.

Este capítulo concluía a mais rentável trilogia da história do cinema. E, tal como mais tarde viria a ser comprovado com as prequelas, George Lucas já não estava a fazê-lo com o coração. Este foi o primeiro sinal de que algo estava errado: e porque faz parte da trilogia original, os fãs fecham os olhos. Well, not me.

Enquanto o Império constrói uma nova Death Star, Luke (Mark Hamill), Leia (Carrie Fisher) e companhia tentam resgatar Han (Harrison Ford) das garras do malvado Jabba the Hutt.


Return of the Jedi continua a ser muito divertido. Os aspectos mais positivos dos últimos dois capítulos continuam a existir: a multiplicidade de planetas e raças, o ecrã sempre repleto de novas surpresas e a banda sonora monumental. Mas depois há o outro lado.

De um ponto de vista técnico, este é o “episódio” mais fraco da trilogia original.

A cinematografia é, sem dúvida, a pior. Longe estão os quadros em movimento de A New Hope ou a paleta de cores e imersão que besuntam o ecrã em The Empire Strikes Back. As escolhas feitas por Alec Mills poucas vezes favorecem a narrativa e raramente criam imagens icónicas. Talvez seja também devido à fraca fotografia que o green screen é muuuuuuuito mais perceptível do que nos capítulos anteriores: e isso quebra a ilusão. E sem ilusão não há magia. Sem magia não há Star Wars.

Os dois exemplos mais exasperantes são quando Han, Luke e Chewbacca (Peter Mayhew) estão a ser transportados para o Sarlacc e na perseguição de motos em Endor. Aliás, a perseguição é a percursora da corrida de Pod Race em The Phantom Menace. Padecem dos mesmos males (não têm desenvolvimento de personagem, demoram demasiado tempo) e acontecem a pessoas da mesma família.


E por falar nisso, serei o único que acha a cena do Luke e da Leia forçada? Entendo que era preciso algo que puxasse Luke para o Mal, mas a nova informação nunca é explorada a 100%. Leia permanece inalterada pela revelação e nenhuma tensão é acumulada: excepto aquela demonstrada por Han.

Aqui entra outra das minhas queixas em relação ao filme: Harrison Ford era, por volta de 1983, uma mega estrela de Hollywood. Para além de Star Wars, ele tinha agora protagonizado Raiders of the Lost Ark (o primeiro da saga Indiana Jones) e Blade Runner. Ou seja, chega a Return of the Jedi sem pressão absolutamente nenhuma: e isto nota-se. As suas expressões, ao longo dos 131 minutos da película, chegam a roçar o nível de cartoon. E, infelizmente, não é o único cartoon presente no filme.

Muita gente aponta os Ewoks como sendo o primeiro indício de que o Lucas tinha oficialmente trocado a lógica pelos cifrões: e eu não podia concordar mais. Ainda assim, tendo em conta o seu objectivo, os Ewoks foram tratados com o mínimo de habilidade. Comparemo-los com os seus primos mais próximos: os Gungans.


Se é para criar uma raça que apele ao público feminino e aos mais jovens, acho que ursinhos pequeninos são preferíveis a peixes/coelhos gigante com voz estúpida. Mais, antes de intervirem na batalha, passamos algum tempo com os Ewoks. Conhecemos um pouco da sua cultura, vemo-los a reagir à história contada por C3-PO como se fossem crianças. A pouco e pouco ficamos investidos nos pequenotes e tememos por eles aquando da luta. Aqui funcionou: em The Phantom Menace não!

Agora, claro que não faz sentido nenhum os peluches vencerem os soldados imperiais! Paus e pedras a darem conta de soldados armados? Ainda por cima de dia? É (mais) um dos momentos em que temos de suster a respiração e lembrarmo-nos de que isto é Star Wars e é suposto divertirmo-nos.


Em criança talvez funcionasse melhor, mas com um olhar mais crítico e conhecedor é impossível não ficar de sobrancelha levantada com determinadas posturas tomadas pelos cineastas. O diálogo de exposição então é tão descarado que dói (nomeadamente com Obi-Wan, que aparece só para dar informaçõezinhas “relevantes”). Não que todo o diálogo seja mau, holy shit, claro que não!

As cenas de Luke com Vader e o Imperador (terrifico Ian McDiarmid) são um jogo de retórica, esperança, contraste, conflito e desenvolvimento de personagem do mais alto calibre. Por esta altura percebemos que nenhuma destas personagens é linear e que são muito mais complexas que as dos blockbusters actuais. Excepto o Chewbacca: esse não conta. Todo filme deste género tem que ter o seu Groot. Ou Hodor.


E lamento fãs da Yub Nub Song que cresceram com os originais: mas a versão mais recente termina com a melhor alteração de todas. A música Victory Celebration é das melhores criações da carreira de John Williams e está, possivelmente, no meu Top 5 de melhores músicas originais para filmes. Mantém o espirito tribal dos ursinhos, mas carrega uma emoção muito maior, mais propícia ao final da trilogia.



Se concordo com a inclusão de Hayden Christensen? Sinceramente, não me importo. Eu percebo o porquê, mas fazia mais sentido o original. Creio que as novas gerações que tiverem de percorrer o tortuoso caminho das prequelas irão apreciar o tie-in, mas não era necessário.

Encontro muitos paralelismos entre Return of the Jedi e Revenge of the Sith: ambos têm momentos cinematográficos excelentes, ambos contêm um conflito bem vs mal mais acutilante do que nos capítulos anteriores da trilogia que findam e, principalmente, ambos retêm o espirito do episódio que lhes precedeu.

Se isso é bom ou mau decidam vocês: eu estou só para aqui a matar tempo enquanto não chega dia 17. Estou ansioso para ver os meus amigos outra vez.


Simon Says that this movie is… 



domingo, 6 de dezembro de 2015

Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back - 1980 - Irvin Kershner

E precisamente quando os superlativos me começam a faltar chegamos ao melhor capítulo da saga. O que é que vai sair daqui? Não faço ideia… Tal como as audiências, que andaram a roer unhas durante 3 anos, não sabiam o que esperar da sequela do maior sucesso da história do cinema.

Com o aperto inflexível do Império cada vez mais perto, Luke (Mark Hamill) parte em busca de um antigo mestre Jedi, enquanto Han (Harrison Ford), Leia (Carrie Fisher) e companhia fogem de Darth Vader (corpo de David Prowse e voz de James Earl Jones).


O filme, supostamente, dura 2 horas e 4 minutos: mas, palavra de escuteiro, ao fim de tantos anos, continua a parecer que dura meia hora. A acção é frenética, o perigo é constante e as novidades são inúmeras. O realizador Irvin Kershner elevou demasiado a fasquia: e passados 35 anos (ainda) ninguém a igualou.

As personagens principais ficaram todas estabelecidas no primeiro capítulo da saga: agora é só construir sobre o que está firmemente alicerçado nas mentes e corações do público. Vader está mais maquiavélico que nunca, Solo está mais badass, Luke está mais confiante (se bem que irreflectido) e Leia está mais decidida.


Se em A New Hope os actores principais pareciam um pouco “relaxados”, em The Empire Strikes Back parecem vergados com o peso da responsabilidade acrescida. Um sentimento de tensão e gravidade percorre todo o espectro da película. Com efeito, todas as decisões se tornam mais importantes e decisivas: não há desperdício de tempo nem de movimento.

O sucesso financeiro deste filme estava garantido, por isso os seus criadores deixaram-se levar por algumas analogias menos usuais para produções de grande custo. Incorporar metáforas visuais, filosofias ancestrais e pistas para o futuro da saga foram liberdades tomadas que só aumentaram a quantidade de “sumo” que é possível extrair da obra. Se a dissecarmos até ao âmago, veremos que é a mais pura representação de bem contra mal. Os Aliados contra os Nazis. A democracia contra a opressão. Serenidade contra raiva.


Filosofias e metáforas são muy lindas, mas nada disto contaria se Kershner e companhia não te atacassem os sentidos desde o primeiro frame. Ainda que não seja completamente oficial, há quem afirme que o orçamento duplicou do primeiro para o segundo filme e, acredita, foi TUDO utilizado da melhor forma possível. Se actualmente uma sequela visse o seu orçamento duplicado era tudo utilizado para criar mais explosões e mais Transformers e mais Ultrons e mais… Bom, vocês sabem!

Neste caso foram os decors que melhoraram. Mais planetas completamente distintos, cada pedacinho do ecrã encarcerando minúsculos detalhes que acrescentam vida e autenticidade a tudo o que estamos a ver. Existem exemplos do mesmo tipo de atenção ao detalhe em determinadas produções actuais: o problema é que essa atenção não é direccionada para matéria viva, mas sim para produções artificiais em green screen. A ilusão morre no momento em que temos a certeza da verdade.


E a ilusão é a mãe do deslumbramento: o sentimento que a trilogia original de Star Wars mais exacerba. Faz-nos sentir pequeninos, inocentes e aventureiros.

Digam-me lá outro filme que tenha consolidado um fantoche no panteão dos gurus de auto-ajuda? Yoda (manobrado e ventríloquado [EU FAÇO OS NEOLOGISMOS QUE EU QUISER!] pelo lendário Frank Oz) é uma criação de puro génio. Nunca por um segundo duvidamos da sua existência porque o trabalho fantástico da equipa de Oz dota-o de uma personalidade e sentimentos muito realistas. E isso mantém a magia.


Para além de Yoda, outras personagens secundárias memoráveis como Lando Calrissian (Billy Dee Williams) e Bobba Fett (Jeremy Bulloch) são introduzidas com grande sucesso. Enquanto Lando é introduzido com alguma pompa e circunstância, Fett é O exemplo de um minimalismo que funciona e explode de proporção. Com pouquíssimas falas, sem qualquer informação sobre o seu passado, excepto aquela que podemos adivinhar através da maneira como outras personagens se lhe dirigem, o estatuto lendário que lhe é atribuído excedeu todas as expectativas dos seus criadores.


Criadores que tiveram o discernimento de não modificar muito do que fizeram na versão original. Para além de mostrarem o Yeti logo ao princípio e darem janelas à Cidade nas Nuvens, pouco mais é discernível a olho nu. Acredito que a magistral cinematografia do grande Peter Suschitzky tenha sido a razão pela qual não fizeram muitas alterações. A ambiência que cada personagem/planeta/nave exige é correspondida às mil maravilhas na mescla perfeita entre imagem e som.

Tam-tam-tam tam-tatam tam-tatam! Sim senhoras e senhores, foi neste filme que surgiu a música que todos os homens metem como toque de chamada para as suas sogras. John Williams usou e abusou de tudo o que tinha à sua disposição, acrescentando vários temas inesquecíveis à já espectacular banda sonora base que tinha composto para A New Hope. Todos os momentos, dos mais íntimos aos mais espectaculares, são pontuados pelas suas excelsas criações.

Todos os momentos… Inclusivamente AQUELE que todos se lembram. AQUELE que todos discutem. AQUELE que todos, mesmo os que nunca viram um único filme da saga, conhecem. Este é o nível a que Star Wars chegou: digam-me lá outro filme cujo plot-twist esteja tão embrenhado na cultura geral que é praticamente impossível conhecer alguém que não faça ideia dele.


A única falha que posso apontar em The Empire Strikes Back prende-se não com o filme, mas com a maneira como o Universo foi criado. O tempo e a evolução das tecnologias fazem com alguns dos efeitos especiais tenham perdido o impacto que em 1980 tiveram.
Sinceramente: devo retirar mérito ao filme por isso? Porque meia dúzia de momentos no filme já não conseguem competir com produções 35 anos mais avançadas? Não, não o vou fazer.

Vou sim dar-lhe mérito porque continua a ser relevante e fascinante. Vou dar-lhe mérito porque raros serão os filmes lançados em 2015 que 35 anos depois continuarão a ser aplaudidos pelos seus efeitos especiais e utilização ímpar de todo o orçamento que lhes foi dado. Vou-lhe dar mérito pelas gerações vindouras que continuará a fazer sonhar e acreditar.


Simon Says that this movie is… 




domingo, 1 de novembro de 2015

Star Wars: Episode IV - A New Hope - 1977 - George Lucas

Ao criticar algo que marcou a nossa vida é preciso distanciarmo-nos dos sentimentos: ice cold! Independentemente do laço que tenho com alguns filmes (nomeadamente os primeiros Star Wars e, sobretudo, a trilogia Senhor dos Anéis) mantive-me objectivo. Por muita carga emocional que ponha nas críticas, não olvido as falhas que cada filme tem.

E prometo: não o farei com A New Hope.

De maneira a salvaguardar os planos que podem assegurar a sobrevivência dos Rebeldes e a queda do Império, a princesa Leia (Carrie Fisher) envia C3-PO e R2-D2 para procurarem Obi-Wan Kenobi (Alec Guiness): a sua única esperança. Mal sabe ela que «uma nova esperança» estava apenas à espera do incentivo certo para surgir.

Em 10 minutos sente-se logo a diferença entre as prequelas e os originais: portas que se fecham com o peso da realidade, homens com medo estampado nas caras, a gravidade da situação expresso apenas na música e no silêncio. Vá e o C3-PO a ser medricas, as usual.



Em 10 minutos vemos efeitos especiais, acção, estabelecimento de personalidades/objectivos, comédia E O MAIS IMPORTANTE DE TUDO: a introdução a um Universo completamente diferente do nosso, mas enraizado nas mesmas regras de plausibilidade.

Digam o que disserem dos efeitos especiais, das personagens ou da história, o ponto forte da saga é a pletora de criaturas, naves, armaduras, armas, gíria, planetas e mitologia que foram criados por Lucas e companhia. Misturem isso com todos os elementos escritos na primeira linha deste parágrafo, mais a melhor banda-sonora de todos os tempos (composta pelo inigualável John Williams) e têm o recipiente para o blockbuster que deu origem à era moderna de Hollywood.

E repara Lucas: conseguiste isto com um greenscreen e efeitos especiais que 38 anos depois (repito, TRINTA E OITO ANOS DEPOIS) continuam credíveis.



No elenco temos Mark Hamill no papel de Luke Skywalker e Harrison Ford como o lendário Han Solo. Esta dupla, juntamente com a princesa Leia, Obi-Wan Kenobi, o wookie Chewbacca (Peter Mayhew) e os 2 robôs, irão defrontar um dos vilões mais ameaçadores da História da 7ª arte: Darth Vader (corpo de David Prowse e voz de James Earl Jones). Esta luta de vontades irá criar alguns dos momentos cinematográficos mais memoráveis de todos os tempos.

E porque é que nos referimos a todos eles pelos nomes das personagens e não dos actores?

Ford acabou por ser o único a tornar-se numa grande estrela de Hollywood. Ainda que este Star Wars seja um dos maiores êxitos de bilheteira de todos os tempos, os seus protagonistas não ganharam qualquer mediatismo fora da saga, como por exemplo acontece hoje em dia com praticamente todos os membros dos Avengers.

Sim, o Hamill tornou-se no Joker da Batman: Animated Serie e a Fisher fez um filme do Woody Allen. So what? Eles nasceram para encarnar ESTAS personagens. Durante 38 anos andaram a «sobreviver», ressuscitando para O Despertar da Força.



Hamill e Fisher podiam ter as suas limitações enquanto actores, mas pelo menos as suas interpretações eram mais convincentes do que as de Natalie Portman e Hayden Christensen. Em cada cena vão de A para B. Têm um objectivo, têm um propósito: tanto que quando chegamos à cena final, todos os protagonistas mudaram.

Aprende contigo Lucas! As personagens desenvolvem-se e criam laços (aos nossos olhos) porque as VEMOS a ter aventuras: não é por ouvi-las dizer que tiveram aventuras que acreditamos nisso. E quem raio é que prefere ouvir conversas sobre aventuras a realmente (vi)vê-las?

As motivações das personagens fazem sentido. Até quando mudam de opinião existe um motivo verosímil para isso acontecer (excepto daquela vez em que o Luke fica mais lixado por algo ter acontecido ao Obi-Wan do que aos próprios tios).



A tensão é autêntica! Ao contrário das prequelas, neste original sentimos o perigo na face e nas acções das personagens. Okay, os Stormtroopers não têm pontaria absolutamente nenhuma, mas isso é uma falha em quase todos os filmes de acção: sejam do 007, do Stallone ou de outro mercenário qualquer.

«Mas isto não é um filme do Stallone! É Star Wars pá!» Pois é! E por ser Star Wars é que a batalha no final do filme tem um sentido de timing milagroso no que toca a colocar a pressão no espectador: os caças imperiais têm pontaria! Percebemos o quão difícil a missão é e que apenas com a ajuda da Força os nossos amigos poderão triunfar!



O VACACO DO LUCAS SABIA FAZER ISTO DECENTEMENTE À 38 ANOS e por algum motivo desaprendeu tudo.

E MUITO pior que desaprender, foi o facto de ir mexer com os originais. Não vou andar a dissecar cada um dos pormenores que foram alterados (o Han DEFINITIVAMENTE disparou primeiro), mas apenas destacar o principal.

Todos os frames de Star Wars parecem tirados de um quadro em movimento. Quando olho para o currículo do director de fotografia, Gilbert Taylor, não me surpreende que ele tenha sido o responsável pelo Macbeth de Polanski e, sobretudo, pelo Doutor Estranho Amor de Kubrick.



Mas o Mr. Lucas, na sua eterna sabedoria, tinha que ir mexer com um trabalho excelente e espetar-lhe com montes de CGI em cima. As adições feitas na nova versão de 1997 notam-se à distância e sujam o que antes era perfeitamente credível em todos os aspectos.

A pior adição de todas é a cena com Jaba. Para além de acabar com todo o mistério envolvendo a personagem, estraga o realismo criado pelos efeitos práticos que tinham sido usados até então. É horrível e sobressai no filme como um cavalo no meio de um grupo de adeptos.



Mas como é que eu posso deixar estas merdicas sobreporem-se a tudo de bom que Star Wars conseguiu? Esta é o maior e melhor Universo criado para o grande ecrã. Não provem da literatura, nem de bandas-desenhadas.

Filmes menores têm dificuldades em estabelecer a história e as personagens na nossa realidade. Este filme não só conseguiu fazê-lo, como nos introduziu, não a um mundo, mas UMA GALÁXIA inteira povoada de seres que nunca tínhamos visto. Sem a ajuda das tecnologias mais recentes e porque tiveram um zilião de problemas na produção, cada efeito e cada frame foi feito com um amor e cuidado que transbordam pelo ecrã e nos consomem.



Já antes tinha escrito na minha crítica a The Fellowship of the Ring: «Quando um realizador e a sua equipa são verdadeiramente apaixonados pelo projecto que têm em mãos é impossível não ficar evidente no ecrã.»

E ficou. Ficou evidente que o que amavas nesta altura era a tua arte e não o dinheiro, Lucas. Tu és o verdadeiro Darth Vader da saga Star Wars. E ainda bem que nos teu últimos momentos entregas-te o projecto a pessoas que vão tratá-lo com o amor que todos nós sentimos por ele. Já estava na altura de nos apaixonarmos por Star Wars outra vez.


Simon Says that this movie is…


domingo, 25 de outubro de 2015

Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith - 2005 - George Lucas

Neste posso confirmar que saí do cinema, tinha então 11 anos, com uma lágrima no canto do olho. 

Ao fim de 2 filmes tremendamente desapontantes, Lucas (re)aprendeu algumas das lições mais básicas da execução cinematográfica e entregou ao seu público um capítulo final superior.

Não superior no sentido de ser muito bom: apenas no sentido de ser melhor que os outros 2.

A guerra está instalada na galáxia. No meio de intrigas, batalhas e segredos, as ideologias dos Jedi são levadas ao ponto de ebulição: com Anakin (Hayden Christensen) e Obi-Wan (Ewan McGregor) bem no centro dos acontecimentos.

Desde logo a relação dos dois cavaleiros parece mais calorosa. Vemo-los a cruzar piadas e a preocuparem-se um com o outro: longe fica a picardia e queixume presentes em Attack of the Clones.



Ao contrário de McGregor (que parece estar-se completamente a borrifar), Hayden está visivelmente mais «solto»: ainda que alguns dos efeitos nefários do diálogo mais manhoso da história da Ficção-Cientifica continuem a assombrá-lo.

Anakin Skywalker: You are so... beautiful.
Padmé: It's only because I'm so in love.
Anakin Skywalker: No, it's because I'm so in love with you.
Padmé: So love has blinded you?

ISTO PODIA SER ESCRITO POR UM PUTO DO 5º ANO! Provavelmente esse foi o mindset com que o Lucas foi escrevendo o guião, mas POR AMOR DA SANTA! Mesmo depois do «Truly, deeply, love you…» este tipo de coisas ainda passa por toda a equipa de produção?

E alguém me sabe dizer porque é que a Natalie Portman está feia no filme quase todo? E porque é que R2-D2 de repente voa e acaba com dróides 3 vezes maiores do que ele? Dude, estas prequelas não fazem mesmo sentido…



O non-sense chega ao ponto do General Grievous ser, de um ponto vista criativo, a personagem mais interessante dos 3 filmes. De onde é que veio? Como é que ficou robô? Já matou Jedis? Foi assim que conseguiu os sabres de luz? Questões, questões, questões! Ainda bem que as coloco sem ninguém me «apontar»: só torna a personagem mais complexa e estimulante.

E por falar em estimulante: Revenge of the Sith apresenta-nos as mais espectaculares batalhas espaciais da história do Cinema. É impossível olhar para a cena de abertura e não ficar mesmerizado com a profundidade de campo e pela imensidão do que temos à frente.



Mas não quer isto dizer que os efeitos especiais são todos imaculados. Ainda faltavam 4 anos para James Cameron apresentar Avatar, por isso é impossível não reparar nas caras copiadas dos Clones e nas «cabeças falsas» de Palpatine (Ian McDiarmid).

A interpretação do actor escocês, que é inequivocamente a melhor da trilogia, está repleta de contradições: tão depressa está a conduzir um monólogo hipnótico, cheio de desenvolvimento e conteúdo pertinente, como a fazer caras de orgasmos.



Este tipo de «brincadeira» faz com que um filme, que logo de início promete muito, acabe por ser CONSTANTEMENTE anti climático. Um esgar, um soluço, um quase bom… O que é que o corrompe? Acima de tudo o guião.

Se fizermos uma análise às implausibilidades, tal como fizemos para Attack of the Clones, reparamos que elas ainda se alastram como um cancro por toda a película. É um campo minado, e onde quer que pisemos explodem naves espaciais.

Vem daí ANALisar as pistas!

Para além de um buraco, embaixo terás SPOILERS até aviso em contrário.

1ª PISTA - Anakin continua a não ter convicções próprias: no mesmo dia passa de pedir desculpas a Obi-Wan a concordar assassiná-lo! Pior: em menos de 10 minutos passa de indeciso a exterminador de Jedis! Ele muda toda a sua ideologia e filosofia de vida num ápice! Mata Mace Windu, sente-se culpado e o seu próximo curso de acção é assassinar miúdos!



2ª PISTA – A lógica para Palpatine se tornar Imperador é que os Jedis (os protectores da paz há mais de 1000 anos) se revoltaram contra ele para ficarem a dominar a galáxia, por isso ele tem de ser Imperador e dominar a galáxia para impedir os Jedis de dominar a galáxia. E o senado aplaude. Makes sense, right?

3ª PISTA – Como é que os Jedis tinham gravações do que se passou no escritório de Palpatine no seu próprio templo? Isso não implicaria que eles têm provas mais do que suficientes para o prender há muito tempo? E sendo assim para que é que queriam que Anakin o espiasse?

4ª PISTA – «Só um Sith lida com absolutos.» diz Obi-Wan no principio da sua batalha com Anakin. Sendo assim, isso faz de Yoda um Sith.



5ª PISTA – Ela morre de «coração partido»?! «Perdeu a vontade de viver»? Dude: ela acabou de dar à luz gémeos! A ironia de ter sido um robô a dar esta explicação super artificial é mais que muita. Lucas, das MÚLTIPLAS decisões estúpidas que tomaste, esta foi sem dúvida a mais ilógica.

FIM DE SPOILERS!

Eu não sou da Red Letter Media para ficar aqui uma hora e meia a recitar razões pelas quais este filme tem «buracos». O que eu sou é um entusiasta de Star Wars, disposto a colocar de lado esta falta de lógica em prol de momentos que resultem e me façam sentir vivo neste Universo!

Momentos de pura tensão, como quando Anakin e Padmé olham um para o outro a vários quilómetros de distância e se sente na expressão (!) de Hayden Christensen o confronto que vai dentro dele. Nada para além de duas personagens e silêncio recortado por uma música lúgubre. Não há batalhas, não há diálogo manhoso, nada... Apenas sentimentos.



E como esquecer a ascensão do vilão mais reconhecível da História do Cinema? O silêncio antes da sepultura… A primeira respiração… O funeral… São momentos lendários que ficarão para sempre subvalorizados por estarem numa conjuntura que obscurece a sua dimensão.

Mas uma coisa fica bem patente nos minutos finais de Revenge of the Sith: a vida continua. Talvez hoje tudo pareça mal, mas amanhã é um novo dia. «Os sóis» vão erguer-se novamente e uma «nova esperança» caminhará a passos largos no horizonte com esta música no fundo.



Caminhará em direcção a nós: confiante, sorridente e reluzente. Essa esperança é The Force Awakens.


Simon Says that this movie is…



domingo, 18 de outubro de 2015

Star Wars: Episode II - Attack of the Clones - 2002 - George Lucas

Deixem-me começar com uma confissão: em puto eu adorava este filme. A primeira vez que o vi foi numa mítica sessão de cinema ao ar livre no estacionamento do Modelo: já não se fazem destas, eu sei.

Mas porque é que gostava do raio do filme? Teria sido pelas infinitas cenas de acção? Teria sido a sensualidade da Natalie Portman a despoletar a minha puberdade?



Quem sabe… A verdade é que o filme parece direccionado para petizes sem grande conhecimento cinematográfico e corações ardendo por aventuras: e para esses as coisas funcionam.

Agora, para quem tem 2 dedos de testa e consegue identificar os (por favor, não retire as próximas duas palavras do contexto) MÚLTIPLOS BURACOS na história que é apresentada, vai perceber que é praticamente impossível não «tropeçar» neste capítulo da saga espacial mais famosa do mundo.



Existe um movimento separatista que pretende desmembrar a República Galáctica. Os Jedis Anakin Skywalker (Hayden Christensen) e Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor) são encarregados de proteger a Senadora Amidala (Natalie Portman), mas acabam por se envolver mais do que esperavam.

Ainda que a premissa seja menos complicada do que a de The Phantom Menace, Attack of the Clones é um tipo de besta diferente. É que para além de possuir a maior parte dos defeitos da primeira prequela (pouco desenvolvimento de personagens, diálogos forçados, demasiado recurso a CGI), são as implausibilidades do argumento que fazem desmoronar o mundo que antes era alicerçado numa História credível. O que aqui temos, como diriam os Xutos & Pontapés, é um mundo ao contrário.

Exacto: estou a citar Xutos numa crítica de Star Wars. ERA ISTO QUE QUERIAS LUCAS?! SATISFEITO?! VOU JÁ COMPRAR OS BRINQUEDOS NOVOS TAMBÉM, SEU CAPITALISTA MERCENÁRIO!




Vamos tirar o óbvio da frente: Hayden Christensen foi (bem antes de conhecer Kit Harington) o primeiro actor que considerei mau. A maior parte das emoções que explora na pele do «Escolhido» são ENORMEMENTE exageradas: parecia que alguém lhe estava a dizer para se borrifar nas subtilezas e jogar tudo cá para fora da maneira mais artificial possível. Was that you again Lucas?

Só uma opinião: ao ver Joel Edgerton (que aparece brevemente a meio do filme) e a julgar pelas suas últimas performances, não posso deixar de pensar que este teria sido uma escolha mais aceitável para desempenhar o Jedi (pronto, o Padawan, seus nerds!).

Já Portman enterrou-se num buraco TÃO GRANDE que só depois de Black Swan é que conseguiu ascender ao patamar ao qual parecia predestinada desde Léon. Robótica e monocórdica parecem ser as duas únicas facetas de Padmé Amidala. Lá para o final lança umas vibes que lembram a princesa Leia, mas é tão forçado que dói.



E por falar em forçado: o próprio realizador admitiu que este filme é principalmente sobre o romance entre os 2, então vamos lá analisá-lo um pouco, shall we?

Padmé, uma senadora sensualona, aristocrata, que já foi rainha de um planeta.
Anakin, um Jedi com ar de modelo que nasceu como escravo num planeta deserto.

Ele está constantemente a queixar-se de tudo (especialmente do seu mestre, Obi-Wan), tem um estilo de flirt puramente awkward, não há ninguém tão arrogante como ele em toda a saga (e atenção que ele tem Han Solo e Lando como competição), manda vir com Padmé em frente a não sei quantos políticos e confessa-lhe ser um assassino de crianças. Para além disto tudo, é um bacano sem convicções (vê a facilidade com que passa de zangado e triste para feliz) e que dispara as linhas de diálogo mais repletas de queijo desde o Arnold Schwarzenegger.



Hum, ladies, eu não sei quanto a vocês, mas tirando o «ar de modelo» e o queijo, acho que não há aqui nada que a pudesse atrair: aliás, a maior parte das situações em que Anakin a coloca são para lá de desconfortáveis. Guess what: não só ela aceita todas estas situações e o reconforta, como se declara «verdadeira e profundamente apaixonada» por ele… I mean, WTF?!

A única coisa que credibiliza o romance é (novamente) a estupenda banda-sonora de John Williams, cujo tema Across the Stars parece recontar a história de um amor lendário, que teve de atravessar as maiores provações para poder existir.

Neste caso foi só preciso uma lareira, campos verdinhos e uma vaca bem gorda.



Mas voltando às implausibilidades: logo nos créditos de abertura fala-se no líder dos separatistas, o «misterioso Conde Dooku». Nem 5 minutos depois está Mace Windu (Samuel L. Jackson) a dizer que ele já foi um Jedi.

Tipo… Isso não fará dele um «conhecido»? Pelo menos para os Jedis? E se ele deixou de ser um Jedi, não quererá isso dizer que ele passou para o Lado Negro? 1+1 não é igual a 2? Para o Lucas deve ser 11.

Outra das cenas que a princípio me intrigava, mas depois simplesmente chateava, foi a introdução do exército de clones. Admito que o facto de eles serem clonados de quem são é fixe, mas toda a história envolvendo a sua concepção deixa-me com a pulga atrás da orelha.



ANALisemos!

Um mestre Jedi chamado Syfo-Dias (que nunca chegamos a saber quem é ou quando morreu) encomendou um exército de centenas de milhares de clones sem os outros Mestres saberem. Para que raio é que iria precisar de um exército? E agora que os Jedis sabem da sua existência, não acham estranho ele estar pronto PRECISAMENTE na altura em que se vota para a criação de um exército da República? A marosca é mais do que óbvia e no entanto qual é a reacção do Mestre Yoda?

«Meditar nisto, eu vou!» Dude, tu és um ancião de 900 anos de batalhas, intrigas e uso da Força! Precisas de meditar para quê? Obviamente que a República está a tentar tramar-vos! Mas não, vamos mas é enviar o Obi-Wan descobrir o porquê de um Caçador de Recompensas enviar outros Caçadores de Recompensas matar a Senadora que se opõe aos Separatistas. Nisso sim, está a chave da Guerra Galáctica! Não é cá a criação misteriosa de um exército QUE VOCÊS ACABAM POR USAR! ONDE É QUE FICOU O RAIO DA MEDITAÇÃO!? 

Brr… Desculpem lá, mas isto tinha de sair! O facto é que o argumento está construído de maneira tão inconsistente que TODAS as personagens parecem uns burros monumentais!

Para quem pensa que só tenho coisas negativas a dizer sobre o filme, desengane-se! Teve, obviamente, os seus pontos fortes, nomeadamente a inclusão de Christopher Lee e o balanço concedido por McGregor à narrativa. Cada vez que cortavam de Anakin para Kenobi dava por mim a suspirar de alívio.



As cenas de acção e efeitos especiais, mais uma vez, são magníficos: quer no espaço, quer em terra, tudo é composto de forma espectacular. O ser humano que disser que não fica entretido a ver tudo isto a acontecer está a mentir ou é um vacaco. Essas são as duas únicas opções. 

Ao contrário de outros puristas, eu gostei de ver Yoda a lutar: sempre foi uma coisa que eu tinha imaginado e aqui foi-nos mostrado. Se é implausível e quebra algumas ideias geradas nos filmes originais sobre a personagem? Sim, mas isso foi feito tantas vezes nas prequelas, que esta é «só» mais uma: e por uma vez, foi gira de se ver.

Mais uma vez, o trabalho feito ao nível da construção visual dos diferentes planetas é espantoso: desta vez, ao aventurarmo-nos ainda mais pela galáxia distante, ficamos com a ideia de que este universo tem ainda muito por explorar.



Mas lá está um (dos) problema(s) que surgiu em The Phantom Menace: ao centrarem a acção em interiores repletos de green-screen, deixam de explorar tão eficazmente a cultura e a imensidão de cada planeta. Existe em Attack of the Clones alguma sequência tão memorável como a batalha no gelo de Hoth ou as meditações nos pântanos de Dagobah? Acho que a resposta é facilmente alcançável…

A melhor maneira que posso descrever tudo isto é a seguinte: enquanto a trilogia original parece um RPG ao estilo de Skyrim, onde a exploração e imersão é encorajada e recompensada, as prequelas parecem um jogo de plataformas unidimensional. Agora é isto, depois é aquilo, passas-te de nível. Repete.

As prequelas existem por existir, e Attack of the Clones é o exemplo mais exasperante das 3.

Simon Says that this movie is…



terça-feira, 22 de setembro de 2015

Jon Snow vs Ramsay Bolton ?! Deixem-me rir!

Para além de um Buraco, embaixo terás SPOILERS para a maior parte das temporadas de Game of Thrones. 

“Ai minha Nossa Senhora! O Jon Snow morreu?! E agora? Como é que vou conseguir sobreviver!? Esta série já não tem interesse!”

Really?

“Este Ramsay é mesmo um cabrão! Ai que horror! Não consigo olhar! Ele tem que morrer! O Jon Snow vai matá-lo!”

Really?!

Senhoras e senhores, o meu nome é Diogo Simão e estou aqui para corrigir esta afronta utilizando lógica e bom senso.

De um lado temos o menino bonito, com barba e cabelo comprido, que derreteu o coração gelado da selvagem com que todas as meninas se identificam. O actor que lhe dá vida (Kit Harington) é idolatrado por (quase) todos os espectadores da série e possui os talentos interpretativos de um cavalo com gases.



Certo: ele melhorou substancialmente a sua performance nesta última temporada, mas eu continuo a acreditar que isto só aconteceu porque ele sabia que era a última.

E independentemente do actor, a personagem do Snow é das mais clichés e menos interessantes de TODA a série. O bacano é o “filho” rejeitado de uma corte de nobres e vai combater monstros com a escumalha do reino para ganhar o respeito dos que não lha dão. E é isto… O gajo manteve-se igual a si próprio ao longo destas temporadas todas e não evidenciou o mínimo sinal de mudar: mesmo na hora da morte.



É por esta evidente falta de criatividade (quer na backstory, quer no desenvolvimento, quer no próprio actor) que me surpreende que o vacaco seja das personagens mais queridas da assistência. Aliás: a maior parte das queixas que li quando ele morreu foram algo do género “Ah bolas! Agora como é que sabemos quem é a mãe dele?”

Dude: se a cena mais intrigante sobre uma personagem é saber quem são os seus progenitores, acho que está tudo dito em relação ao quão “bem”  (repara que meti a anterior palavra em negrito, itálico e sublinhado para não haver quaisquer dúvidas sobre a ironia nela contida) ela foi desenvolvida e quão relevante ela é para a série.



E do outro lado do espectro temos Ramsay Bolton. Interpretado por Iwan Rheon, este pedaço de m*rda (como a maior parte do público lhe chama) flagela, tortura, viola, queima, esfola, castra, avacalha… E tudo com um sorriso demente na cara.



Game of Thrones, apesar das suas magias, profecias, zombisses e dragozisses, é uma série centrada nas relações interpessoais de personagens credíveis e verdadeiras. Todas têm um passado que corrobora quem são hoje, todas têm um objectivo definido e todas têm um curso de acção mais ou menos interessante.

Talvez seja eu, mais uma vez, a gravitacionar para os canalhas sádicos, mas não há UMA ÚNICA personagem mais interessante que o Ramsay. Há tantas questões por responder sobre este gajo que dava para encher (pelo menos) um livro!

Qual é a sua história? O que é que lhe fizeram para ele ser assim? Até onde vai a sua falta de humanidade? Terá mais algum sentimento para além da raiva, inveja, desejo, sarcasmo e repugnância? O que estará disposto a fazer para agradar o pai?



As múltiplas facetas que já exibiu são apenas a casca do que ainda pode estar por saborear nesta fruta e ainda assim são poucas as manifestações de satisfação cada vez que o bastardo toma conta da acção.

Está na hora de mudar isso pessoal! As personagens não valem mais ou menos porque alguém as escreveu para serem boas ou más: valem sim pela sua originalidade, profundidade e nível de interesse para o desenvolvimento da acção.


Esperava mais do público de uma série tão inteligente como esta, mas a verdade é que Game of Thrones já faz parte da cultura pop, sendo por isso natural a banalização dos aspectos mais subtis de cada uma das personagens. 

Fica aqui este incentivo ao debate. NOW FIGHT BITCHES!