Para além de um buraco, embaixo terás spoilers.
Já aqui disse que não aprecio muito do Stannis e do «Sor
Davos», por isso, resumindo: «Yey! Eles têm dinheiro!» E que diferença é que
isso faz? Muito pouca… Já disse que não gosto destes gajos?
Espera aí: aquele é o Mycroft Holmes no banco de Braavos?!
O episódio continua com uma gaja a montar Ramsey Snow.
A cena conclui com o sádico, depois de eviscerar os soldados da irmã de Reek (ou «o playboy anteriormente conhecido como Theon Greyjoy») sem armadura, punhal numa mão, machado noutra, completamente embebido em sangue, a debitar a seguinte frase: «This is turning into a very lovely evening!»
Quer dizer: quão badass é este gajo?
A cena conclui com o sádico, depois de eviscerar os soldados da irmã de Reek (ou «o playboy anteriormente conhecido como Theon Greyjoy») sem armadura, punhal numa mão, machado noutra, completamente embebido em sangue, a debitar a seguinte frase: «This is turning into a very lovely evening!»
Quer dizer: quão badass é este gajo?
O potencial desta personagem ainda está muito pouco
explorado: como raio é que uma pessoa se torna assim? Até onde vai a inumanidade
dele? Até que ponto consegue este gajo divertir-se a torturar pessoas? Talvez
estejam a seguir o exemplo do Joker no filme «The Dark Knight», não mostrando
demasiado background da personagem, mantendo um mistério negro para os
espectadores…
Para mim o actor Iwan Rheon tem feito um trabalho espectacular,
apenas superado pelo de Peter Dinklage na série.
Mas já lá vamos.
Os dragões estão muy lindos e grandes. Aposto que os 3
juntos já despachavam King’s Landing sem ajuda. Agora é preciso que a mamã comece
a controlá-los. Mas, aparentemente, com a Dany é tudo uma bola de neve: não
consegue decidir se come ou não o Daario Naharis, não consegue decidir quem é o
seu conselheiro favorito, não consegue controlar as cidades que conquista, não
consegue decidir se mata toda a gente ou atende os pedidos delas, E MAIS
IMPORTANTE, não consegue controlar o raio dos dragões!
No filme «Troy», um dos poucos filmes em que Sean Bean (que
nesta série fez de Ned Stark) não morreu, um conselheiro do rei diz-lhe acerca
de um poderoso guerreiro: «Nós não precisamos de controlá-lo: precisamos de
soltá-lo no campo de batalha!» E o mesmo se passa com os dragões: a utilidade
deles não será comprovada até à hora em que Dany se decidir em atravessar o mar
e destruir tudo à sua passagem.
Até lá, ela está apenas a perder tempo, como um miudinho a
tentar provar à mãe que merece o brinquedo novo.
O resto do episódio foi passado em King’s Landing. O julgamento
de Tyrion.
Duas coisas a apontar: Oberyn e Varys são duas personagens
altamente carismáticas e ao vê-los a contracenar tive um pequeno momento de
êxtase sexual.
A tal reunião com o Tywin foi rápida e serviu para mostrar,
subtilmente, o papel que cada um dos intervenientes tem no mundo. Coitadinho do
Tyrell: sem a mãezinha para lhe dar a mão é um simples moço de recados, como em
tempos Arya foi.
E agora ao main-event.
Se Peter Dinklage ainda não te tinha convencido enquanto
actor, ESTE É o episódio que tens de ver.
Ele não é só um actor: é defensor de
uma causa que personifica desde que nasceu. Senti verdadeiramente que o seu
discurso não saía da boca da mesma pessoa sarcástica e racional que tinha interpretado
desde o primeiro episódio, mas sim de um apaixonado e inconformado
rejeitado da sociedade.
Ele é um anão, não só na série como na vida real, e neste
dia gritou, não só por si, como por todos os que são como ele e um dia se
sentiram renegados, humilhados, embaraçados e destruídos.
Poderoso, comovente e infinitamente mais realista do que
alguma vez esperei, estou orgulhoso de dizer que ele continua a ser a razão
principal pela qual vejo esta série.
O combate que venha: nada o(s) verga.
Valar Morghulis.
Excelente comentário
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