Para além de um buraco, embaixo terás spoilers.
Posso não ter escrito a habitual crítica nas últimas semanas,
mas não perdi os episódios. Quero apenas fazer um apanhado daquilo que me
deixou de queixo no chão sem muitas demoras.
First things first, algo que eu já desconfiava tornou-se
absolutamente claro: o Littlefinger é um deus.
Desde a primeira temporada, em
que a faca dele se colou inesperadamente à garganta de Ned Stark, esta serpente
ardilosa tem demonstrado uma imunidade miraculosa a tudo o que de mau acontece
em Westeros.
E agora sabe-se porquê: porque ele é o causador de tudo o
que de mau acontece em Westeros!
Consigo legitimamente afirmar que os vilões da presente
temporada de Game of Thrones (Tywin, Littlefinger, Ramsey Snow e aquele bacano
que levou com a espada na boca) são o conjunto de personagens mais estimulantes
da televisão actual e, quiçá, de todos os tempos.
E por falar no Ramsey Snow: onde é que esse gajo anda?
Pensava que ia ter uma dose exagerada de sadismo esta temporada e afinal…
Reparem também que não inclui Cersei nesta lista de vilões.
Embora eu goste muito de Lena Headey como actriz, eu simplesmente não consigo
sentir nada por Cersei sem ser desprezo e desconfiança.
Suponho que toda aquela
conversinha dela com Oberyn Martell fosse para nos mostrar o seu lado mais
humano e de mãe… Não funcionou comigo: permanece somente como uma desequilibrada
e bêbeda, com demasiado poder para a pouca inteligência que tem.
A Dany anda a conquistar tudo onde mete os olhos. No entanto,
não consigo deixar de ficar apreensivo: ela está-se a tornar demasiado boazinha…
E toda a gente sabe como é que as pessoas boazinhas acabam nesta série: sem
cabeça.
A não ser que te chames Arya.
Eu sempre gostei da miúda, mesmo quando parecia simplesmente
um espirito livre sem muito tino. No entanto, esta parceria com o Cão está
rapidamente a revelar-se a melhor coisa que lhe podia ter acontecido: sem
corromper o seu bom coração, o cabeludo está a amadurece-la para o inverno que
aí vem.
Inverno esse que pode simplesmente ser um bando de
desesperados que a quer violar.
Por fim, quero apenas falar daquela que tem sido a história
mais seguida nestes episódios: Bran e os gémeos da Nanny McPhee.
A maneira mística como a luz é utilizada nas suas cenas, a
música obscura e palavras sibiladas fazem lembrar os primeiros filmes do Harry
Potter: o que não é de todo uma coisa má!
Algo de majestosamente impressionante vai acontecer com esta
linha do enredo. Algo que vai mudar a complexidade da história inteira: consigo
senti-lo.
Da última vez que escrevi isto o Joffrey morreu. Vamos ver
se o meu instinto não me falha.
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