Anime: uma palavra controversa sempre que se fala de cinema
no ocidente, mas cujas sementes vão crescendo de forma imparável.
Se os filmes de Hayao Miyazaki e do “seu” estúdio Ghibli são
reverenciados por qualquer ser humano possuidor de visão, clássicos como
Paprika, Perfect Blue ou Akira são maioritariamente desconhecidos ou apenas
merecedores de testas franzidas.
E se te disser que Paprika foi a principal inspiração para
os irmãos Nolan escreverem Inception? E se te disser que Black Swan, do
realizador Darren Aronofsky, é, de várias formas, um remake de Perfect Blue? E
qualquer semelhança entre a Eleven de Stranger Things e Tetsuo de Akira é
“puramente” casual.
As recentes adaptações de Edge of Tomorrow e Ghost in the
Shell mostraram que é possível pegar em material proveniente do oriente e
transformá-lo (ainda que de forma falível) em entretenimento para as massas.
Entra em cena Death Note: a história de um rapaz
extremamente inteligente que encontra um caderno demoníaco que o permite matar
quem quiser de forma inconsequente. Esta é a história de como se “tornou” num
deus.
Tido em conta com uma das séries televisivas mais
inteligentes e subversivas dos últimos 20 anos, este anime está a ser adaptado
por Adam Wingard (VHS e The Guest) para a Netflix, com Nat Wolff no papel
principal e Willem Dafoe na voz do demónio que o acompanha. A espectativa é
muita, já que o trailer parece manter-se fiel ao fenomenal formato
original.
Acompanhar conteúdos de entretenimento concebidos no outro
lado do mundo é uma ferramenta importante para expandirmos os nossos horizontes
culturais (sem sair do lugar), levantarmos questões fundamentais (que antes nos
podiam estar vedadas) e apreciarmos arte de uma forma mais completa.
No entanto, se começar pela animação é um desafio muito
grande, espera pela adaptação de Death Note ou vê alguma das outras
supramencionadas. Porque enquanto leste este artigo, já as sementes do anime
cresceram um bocadinho mais: e estão agora a germinar dentro de ti.
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