E assim recomeça.
Uma personagem de cada vez, cada um no seu canto. As rodas dentadas estão-se a mexer e sente-se que algo vai acontecer em breve... Algo grandioso.
Embora a trama não se tenha desenvolvido muito neste episódio, o seu propósito teve sucesso: o público está a o corrente de todas as situações, sabe onde cada personagem se encontra e quais os seus medos para o inicio de mais uma temporada.
Eu quero dizer «isto conclui definitivamente a guerra», mas como todos sabemos isso tornou-se impossível de fazer.
Vou-me abster de previsões, porque a série não me o permite. No entanto posso falar do que gostei e do que não gostei.
Gostei do chileno Pedro Pascal, no papel de Oberyn Martell. Parece-me uma mescla de muitas coisas diferentes: perigoso e delicado, caprichoso e carismático, panasca e mulherengo... A maneira como enrola as palavras à volta de si próprias e demora a chegar ao cerne da questão fazem-no parecer um predador calculista. Algo me diz que esta é exactamente a personagem que eu precisava para aumentar (se é que isso é possivel...) o meu interesse na série.
Gostei da maneira como estabeleceram os medos e relações de cada personagem de maneira sólida, deixando, contudo, um sentimento de nervos. Não sei se só aconteceu a mim, mas estou à procura em cada detalhe, em cada palavra não dita algo que me indique o que vai acontecer a seguir. Talvez seja a presença constante da música dos Lannisters, «Rains of Castamere» que põe os meus sentidos alerta como nunca antes...
O «Red Wedding» mudou-me: e se antes não tinha a certeza, agora tenho.
Não gostei da mudança do actor na personagem de Daario Naharis. Não faço ideia se este é mais parecido ao que está descrito no livro, mas o original (Ed Skrein) convencia-me mais enquanto possível «engatador» da Khaleesi e guerreiro destemido.
Uma guerra gigantesca está para vir. Sente-se perfeitamente: Tyrion já não é o mais carismático galã de King's Landing, o Joffrey anda a gozar com a cara do papá sem saber e o Jon Snow ganhou colh*es.
Isto vai ser épico. De certeza.
«The Lannisters aren't the only ones who pay their debts.»
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