quarta-feira, 2 de agosto de 2017

As sementes do Anime?! Deixem-me rir!

Anime: uma palavra controversa sempre que se fala de cinema no ocidente, mas cujas sementes vão crescendo de forma imparável.

Se os filmes de Hayao Miyazaki e do “seu” estúdio Ghibli são reverenciados por qualquer ser humano possuidor de visão, clássicos como Paprika, Perfect Blue ou Akira são maioritariamente desconhecidos ou apenas merecedores de testas franzidas.



E se te disser que Paprika foi a principal inspiração para os irmãos Nolan escreverem Inception? E se te disser que Black Swan, do realizador Darren Aronofsky, é, de várias formas, um remake de Perfect Blue? E qualquer semelhança entre a Eleven de Stranger Things e Tetsuo de Akira é “puramente” casual.

As recentes adaptações de Edge of Tomorrow e Ghost in the Shell mostraram que é possível pegar em material proveniente do oriente e transformá-lo (ainda que de forma falível) em entretenimento para as massas.



Entra em cena Death Note: a história de um rapaz extremamente inteligente que encontra um caderno demoníaco que o permite matar quem quiser de forma inconsequente. Esta é a história de como se “tornou” num deus.

Tido em conta com uma das séries televisivas mais inteligentes e subversivas dos últimos 20 anos, este anime está a ser adaptado por Adam Wingard (VHS e The Guest) para a Netflix, com Nat Wolff no papel principal e Willem Dafoe na voz do demónio que o acompanha. A espectativa é muita, já que o trailer parece manter-se fiel ao fenomenal formato original.



Acompanhar conteúdos de entretenimento concebidos no outro lado do mundo é uma ferramenta importante para expandirmos os nossos horizontes culturais (sem sair do lugar), levantarmos questões fundamentais (que antes nos podiam estar vedadas) e apreciarmos arte de uma forma mais completa.

No entanto, se começar pela animação é um desafio muito grande, espera pela adaptação de Death Note ou vê alguma das outras supramencionadas. Porque enquanto leste este artigo, já as sementes do anime cresceram um bocadinho mais: e estão agora a germinar dentro de ti.