segunda-feira, 25 de maio de 2015

Game of Thrones 5ª Temporada - Critica - Episódios 4, 5 e 6 «Sons of Harpy», «Kill the Boy» e «Unbowed, Unbent, Unbroken»

Para além de um Buraco, embaixo terás spoilers.

O facto é que esta temporada não tem sido terrivelmente apelativa. As intrigas adensam-se, a tensão aumenta, as personagens estão em rota de colisão… E daí? É muita acção e pouca reacção. Não vou falar de tudo, porque a balança do interesse está super desequilibrada neste momento.

A Cersei está a comprar uma guerra com a avozinha mais inteligente e rica dos 7 Reinos: não creio que isso seja muito inteligente. Pode ter um exército de lobotomizados ao seu dispor, mas basta que se saiba do pinanço com o maninho que vai tudo para as couves.



O Snow está, mais uma vez, a ganhar pulso. E não tenho vergonha em admitir que Kit Haringot esteve especialmente bem nos últimos episódios. Consegui, pela primeira vez em 5 temporadas, perceber cada detalhe e emoção que saíam dele. Situações extremas pedem medidas extremas, e, tal como disse no final da última temporada, a sua aliança com Stannis tem criado alguns dos melhores e mais apelativos conflitos da série. Veremos até onde vai o orgulho e a evolução: quer da história, quer dos actores.

Espero (pelo menos) uma mega batalha no final desta temporada

O Senhor Mormont, do Blue Room, raptou o Tyrion, foi intoxicado por gajos de pedra e raptado por piratas. Boa, e daí? Não é que os atores não tenham qualidade, porque têm, mas esta história tem sido um tanto ou quanto repetitiva e infrutífera.



Aliás, é uma boa altura para me queixar. Nunca reclamei em relação à realização de Game of Thrones porque, sinceramente, não tinha nada a apontar. À excepção dos episódios orientados por Neil Marshall (Blackwater e The Watchers on the Wall), nenhum exibia concepções técnicas de muita exigência. No entanto, esta temporada tem sido levada a braços por realizadores menores. Gajos que aparentam não fazer puto de ideia da história que estão a contar.

Mark Mylod, responsável pelos episódios 3 e 4, realizou (entre outras coisas) Ali G Indahouse. Yup, é esse filme mesmo.



Jeremy Podeswa, realizador dos episódios 5 e 6, trabalha desde os 80 na indústria e este está a ser o pico da sua carreira. 

Game of Thrones é, consensualmente, umas das melhores séries de todos os tempos. Os realizadores que nela trabalharam podem não ser o “cream of the crop”, mas pelo menos têm sido consistentes e com um background que lhes deu estaleca para se fazerem sobressair. Excepto nesta temporada.

Existe uma miríade de jovens realizadores espalhados pelo mundo que dariam os 2 braços para realizar estes episódios: e, provavelmente, fá-lo-iam com muito mais qualidade que estes escravos do sistema.

Acabo esta crítica expondo a minha opinião sobre a “cena”.



O Ramsay devia ser rei desta porcaria toda: fim.


Valar Dohaeris.           


sábado, 23 de maio de 2015

Crítica - Mad Max: Fury Road - George Miller - 2015

Mad Max: Estrada da Fúria é realizado por George Miller e conta com Tom Hardy, Charlize Theron, Nicholas Hoult e Hugh Keays-Byrne nos principais papéis.

Num mundo pós-apocalíptico (Wasteland), Max (Hardy) vê-se envolvido num conflito entre um deus (Keays-Byrne) e uma das suas comandantes (Theron). E a partir daí começam-se a desenhar várias coisas: caos, destruição, máscaras, motosserras, guitarras-eléctricas-que-lançam-chamas e um dos melhores filmes de acção de que há memória.

Os Vingadores: A Era de Ultron é um pastiche irreflectido quando comparado com a crueza e magnitude desta obra de arte.

Voltando à saga que o tornou famoso, o septuagenário George Miller, injecta (literalmente) litros e litros de sangue na veia de acção de Hollywood. Longe da infantilidade de Happy Feet e de Babe: Um Porquinho na Cidade, Miller rasga pescoços e corações, conduzindo uma ópera distópica em que a violência desmiolada é o motif.

Embora seja o quarto filme da saga, Estrada da Fúria não exige a visualização da trilogia original, protagonizada por Mel Gibson. Há muito que apreciar nos 120 minutos de correria pelo glorioso deserto da Namíbia.


O resto da critica pode ser lida aqui. Mas que fique desde já esclarecido que Simon Says that this movie is...

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Game of Thrones 5ª Temporada - Critica - Episódio 3 «High Sparrow»

Para além de um buraco, embaixo terás spoilers.

Que jizz monumental! Não é que tenha acontecido nada de escandaloso, mas levei várias rasteiras e quase caí de boca. Felizmente estou bem e consigo relatá-las a tempo do episódio desta noite.

Rasteira 1 – Arya, se quer ser “ninguém”, tem de deixar de ser Arya. Isto implica deixar tudo para trás: a roupa, as memórias, as mágoas e a espada, Agulha. Numa cena carregada de tensão emocional, a Stark quase larga o seu bem mais precioso (e que a acompanhou desde o principio da série), deixando-o escondido numa rocha. Recado: menina, se te esqueceres de quem és já não vais querer vingar quem te magoou.



Rasteira 2 – O rei está casado e não morreu. Se calhar vai morrer de tanto pinar: mas também, a Margaery não faz por menos, né? No seu subtil tête-à-tête com Cersei, percebeu-se claramente quem está a “ganhar” o jogo de tronos. Se bem que esta última pode ter um novo trunfo, sob a forma do messias local, High Sparrow (bem vindo a bordo Jonathan Pryce!)



Rasteira 3 – O presidente Snow a fazer das suas: rejeitar o governo do Norte, cortar cabeças a cobardes, fazer acordos com inimigos… Cenas do dia-a-dia. O mais interessante no episódio desta novela mexicana é mesmo o seu diálogo com o Shôr Davos, onde ficou no ar a “sugestão” de poder sair da muralha e avacalhar Winterfell com os Corvos. Cheira-me que cada vez estamos mais perto de ter uma VERDADEIRA batalha à Lord of the Rings nesta série.


Rasteira 4 – “O Tyrion precisa de ir às pêgas como o ser humano normal precisa de oxigénio.” Foi com este mantra que ele nos foi apresentado e foi a partir daqui que a nossa relação com o duende se desenvolveu. Foi chocante para mim vê-lo apático e sem conseguir levar a sua avante: mas algo na realização deixou-me pouco convencido. A cargo de Mark Mylod (realizador de Ali G, sim, esse filme mesmo) a realização deste episódio deixou-me com a testa franzida. Há zooms esquisitos, a composição de planos está super à toa, não há tensão suficiente em cenas fulcrais (como esta) e a edição completamente bipolar: passa do rápido ao lento num instante. Atinem lá produtores: este gajo não tem estaleca para a magnitude da série!



Ah sim, o Tyrion! O Shôr Friendzone (Jorah Mormont) apanhou-o e disse que o levava à rainha. Cersei?! Nah, para este Shôr a única rainha é a Dany. Por favor, apressem-se que ela precisa: de ambos!

Top 5 de coisas que aconteceram em Game of Thrones até agora:

1- Red Wedding;
2- Engasgamento de Joffrey;
3- Decapitação de Ned Stark;
4- Explosão de Oberyn Martell;
5- A SANSA VAI-SE CASAR COM O FUCKING RAMSAY BOLTON!



Gritei e ri como uma menina maléfica. Adorei a intriga que o Mindinho está a criar à volta dele: porra, eu pensava mesmo que ele ia querer ficar com a Sansa para sempre! Mas não: vai entregá-la ao meu sádico favorito! Isto não só é MAGNIFICO em termos de vilanice pura e dura, como também abre um flanco inesperado na defesa de toda a gente no reino. É certo e sabido que os Bolton são lixados, mas o Mindinho está em todo o lado ao mesmo tempo. Onde será que isto vai levar?

Eu não faço ideia, mas estou maluco para ver o desenrolar da acção… E o potencial de o Ramsay consumar o matrimónio com a Sansa de forma sádica só torna a situação muito melhor!

Valar Dohaeris.