segunda-feira, 12 de maio de 2014

Game of Thrones 4ª Temporada - Critica - Episódio 6 «The Laws of Gods and Men»

Para além de um buraco, embaixo terás spoilers.

Já aqui disse que não aprecio muito do Stannis e do «Sor Davos», por isso, resumindo: «Yey! Eles têm dinheiro!» E que diferença é que isso faz? Muito pouca… Já disse que não gosto destes gajos?

Espera aí: aquele é o Mycroft Holmes no banco de Braavos?!



O episódio continua com uma gaja a montar Ramsey Snow.

A cena conclui com o sádico, depois de eviscerar os soldados da irmã de Reek (ou «o playboy anteriormente conhecido como Theon Greyjoy») sem armadura, punhal numa mão, machado noutra, completamente embebido em sangue, a debitar a seguinte frase: «This is turning into a very lovely evening!» 

Quer dizer: quão badass é este gajo?



O potencial desta personagem ainda está muito pouco explorado: como raio é que uma pessoa se torna assim? Até onde vai a inumanidade dele? Até que ponto consegue este gajo divertir-se a torturar pessoas? Talvez estejam a seguir o exemplo do Joker no filme «The Dark Knight», não mostrando demasiado background da personagem, mantendo um mistério negro para os espectadores… 

Para mim o actor Iwan Rheon tem feito um trabalho espectacular, apenas superado pelo de Peter Dinklage na série.

Mas já lá vamos.

Os dragões estão muy lindos e grandes. Aposto que os 3 juntos já despachavam King’s Landing sem ajuda. Agora é preciso que a mamã comece a controlá-los. Mas, aparentemente, com a Dany é tudo uma bola de neve: não consegue decidir se come ou não o Daario Naharis, não consegue decidir quem é o seu conselheiro favorito, não consegue controlar as cidades que conquista, não consegue decidir se mata toda a gente ou atende os pedidos delas, E MAIS IMPORTANTE, não consegue controlar o raio dos dragões!


No filme «Troy», um dos poucos filmes em que Sean Bean (que nesta série fez de Ned Stark) não morreu, um conselheiro do rei diz-lhe acerca de um poderoso guerreiro: «Nós não precisamos de controlá-lo: precisamos de soltá-lo no campo de batalha!» E o mesmo se passa com os dragões: a utilidade deles não será comprovada até à hora em que Dany se decidir em atravessar o mar e destruir tudo à sua passagem.

Até lá, ela está apenas a perder tempo, como um miudinho a tentar provar à mãe que merece o brinquedo novo.

O resto do episódio foi passado em King’s Landing. O julgamento de Tyrion.

Duas coisas a apontar: Oberyn e Varys são duas personagens altamente carismáticas e ao vê-los a contracenar tive um pequeno momento de êxtase sexual.


A tal reunião com o Tywin foi rápida e serviu para mostrar, subtilmente, o papel que cada um dos intervenientes tem no mundo. Coitadinho do Tyrell: sem a mãezinha para lhe dar a mão é um simples moço de recados, como em tempos Arya foi.

E agora ao main-event.

Se Peter Dinklage ainda não te tinha convencido enquanto actor, ESTE É o episódio que tens de ver. 

Ele não é só um actor: é defensor de uma causa que personifica desde que nasceu. Senti verdadeiramente que o seu discurso não saía da boca da mesma pessoa sarcástica e racional que tinha interpretado desde o primeiro episódio, mas sim de um apaixonado e inconformado rejeitado da sociedade.


Ele é um anão, não só na série como na vida real, e neste dia gritou, não só por si, como por todos os que são como ele e um dia se sentiram renegados, humilhados, embaraçados e destruídos.

Poderoso, comovente e infinitamente mais realista do que alguma vez esperei, estou orgulhoso de dizer que ele continua a ser a razão principal pela qual vejo esta série.

O combate que venha: nada o(s) verga.


Valar Morghulis.

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