Para além de um Buraco, embaixo terás spoilers.
O facto é que esta temporada não tem sido terrivelmente apelativa. As intrigas adensam-se, a tensão aumenta, as personagens estão em
rota de colisão… E daí? É muita acção e pouca reacção. Não vou falar de tudo, porque a balança do interesse está super desequilibrada neste momento.
A Cersei está a comprar uma guerra com a avozinha mais
inteligente e rica dos 7 Reinos: não creio que isso seja muito inteligente. Pode ter
um exército de lobotomizados ao seu dispor, mas basta que se saiba do pinanço com o maninho que vai tudo para as couves.
O Snow está, mais uma vez, a ganhar pulso. E não tenho
vergonha em admitir que Kit Haringot esteve especialmente bem nos últimos
episódios. Consegui, pela primeira vez em 5 temporadas, perceber cada detalhe e emoção que saíam dele. Situações extremas pedem medidas extremas, e, tal como
disse no final da última temporada, a sua aliança com Stannis tem criado alguns
dos melhores e mais apelativos conflitos da série. Veremos até onde vai o
orgulho e a evolução: quer da história, quer dos actores.
Espero (pelo menos) uma mega batalha no final desta
temporada
O Senhor Mormont, do Blue Room, raptou o Tyrion, foi intoxicado
por gajos de pedra e raptado por piratas. Boa, e daí? Não é que os atores não tenham qualidade, porque têm, mas esta história tem sido um tanto ou quanto
repetitiva e infrutífera.
Aliás, é uma boa altura para me queixar. Nunca reclamei em relação à realização de Game of Thrones porque,
sinceramente, não tinha nada a apontar. À excepção dos episódios orientados
por Neil Marshall (Blackwater e The Watchers on the Wall), nenhum exibia
concepções técnicas de muita exigência. No entanto, esta temporada tem sido levada a braços por
realizadores menores. Gajos que aparentam não
fazer puto de ideia da história que estão a contar.
Mark Mylod, responsável pelos episódios 3 e 4, realizou
(entre outras coisas) Ali G Indahouse. Yup, é esse filme mesmo.
Jeremy Podeswa, realizador dos episódios 5 e 6, trabalha
desde os 80 na indústria e este está a ser o pico da sua carreira.
Game of
Thrones é, consensualmente, umas das melhores séries de todos os tempos. Os
realizadores que nela trabalharam podem não ser o “cream of the crop”, mas pelo
menos têm sido consistentes e com um background que lhes deu estaleca para se fazerem sobressair. Excepto nesta temporada.
Existe uma miríade de jovens realizadores espalhados pelo
mundo que dariam os 2 braços para realizar estes episódios: e, provavelmente, fá-lo-iam com muito mais qualidade que estes escravos do sistema.
Acabo esta crítica expondo a minha opinião sobre a “cena”.
O Ramsay devia ser rei desta porcaria toda: fim.
Valar Dohaeris.
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