Para além de um Buraco, embaixo terás spoilers.
Mais do mesmo, mas podemos realmente queixar-nos? Not me…
A Arya (a vender ostras, ameijoas e mexilhão) vê o gajo que
matou o Syrio Forel (o seu antigo mestre). Ora, para quem não se lembra, este é
o primeiro bacano da lista de mortes dela. E para quem acha que matar o Syrio
não foi crime suficiente, no stress: o gajo vai a uma casa de pêgas,
oferecem-lhe mulheres que valha-me Jesuis, e ele prefere miudinhas de 6, 7 anos… Acho
que a partir daqui era óbvia a maneira como a Arya o ia despachar.
Os meninos lá da muralha deixam o Snow entrar. No big deal,
à excepção daqueles 30 segundos de tensão em que achávamos todos que ninguém ia
abrir o portão.
O Jaime consegue safar o Bronn de falecer e, aparentemente,
o irmão do Oberyn é mais sensato. Mete a rainha das cobras no lugar e deixa o
sobrinho ir casar para King’s Landing. How nice! O destaque, na minha opinião,
vai para a atriz Indira Varma, que já demonstrou mais capacidades
interpretativas no pouco tempo que teve nas últimas duas temporadas que muitos
meninos/as que andam por aqui desde o principio.
Agora o duplo Main-Event.
O Ramsay não apareceu, mas o seu impacto fez-se sentir. Com
20 gajos despachou quaisquer hipóteses do Baratheon ganhar posse de Winterfell
sem ajuda de poderes sobrenaturais. Sem comida, sem cavalaria, repleto de
desertores e mortos, Stannis toma a decisão mais lógica da série: vou queimar a
minha filha viva. Manda o Sor Davos embora (que oferece à menina um veado de
brincar) e de seguida trata de ter uma terna conversa com a filhota sobre a
possibilidade de ela ajudar. Afinal de contas ela é princesa, right? O que acho
mais irónico no meio disto tudo é que o veado (símbolo dos Baratheon) é
queimado com ela… Acho que isto diz tudo.
Equiparável apenas ao Red Wedding, esta é a cena mais difícil
de assistir na série inteira. Vão lá cagar: a Sansa a ser violada é pior do que
isto? Tenham dó…
E finalmente, “A Dança dos Dragões”. Ou do dragão, neste
caso…
É por isto que Game of Thrones é das cenas mais fixes de
sempre: numa semana estamos a ver as suas personagens enfiadas no Walking Dead
e esta semana estamos a vê-las enfiadas em Spartacus. COM DRAGÕES!
A Dany está toda chateadinha porque não quer ninguém a
lutar, o Shôr Jorah aparece e avacalha quase todos e de repente… BANG! Os
bacanos mascarados do Eyes Wide Shut aparecem e começam a esfrangalhar toda a
gente. Quando só restam meia dúzia e parece que vamos ter uma batalha ao género
300, aparece o Drogon e queima-os a todos. A Dany, que deve ter lido o Eragon
na noite passada, monta-se nele e baza dali.
Que se lixe a razoabilidade: Game of Thrones é épico em
todos os sentidos possíveis e impossíveis. Mantenho que falta uma batalha MESMO
GIGANTE para tomar o trono, mas em termos de fantasia… Só LOTR é que os
ultrapassa.
Escrevam o que vos digo, meninas e meninos: um dia, daqui a
muitos anos, quando Game of Thrones acabar, alguém vai fazer um Super-Cut de
todas as temporadas. Vai fazer uma trilogia fílmica, ou algo do género. Vai
tirar todas as partes superlativas e deixar só o que interessa.
E essa versão sim: essa versão pode concorrer ao trono. Até
lá…
Valar Dohaeris.
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