sábado, 22 de março de 2014

A Música na 7ª Arte – Perfume de Mulher

Música é um elemento indissociável da 7ª arte: desde os tempos do cinema mudo, em que partituras inteiras eram compostas para serem tocadas ao vivo, até aos dias de hoje, em que certas canções têm mais destaque que o próprio filme em que estão incorporadas.

Esta associação entre as duas (e por vezes mais) formas artísticas é feita, nalguns casos, de forma ignóbil, e noutros de forma mais ou menos acertada. No entanto, quando realizador, compositor, atores e toda a equipa técnica se encontram em perfeita harmonia, por vezes, acontece magia. Acontecem aqueles flagrantes e dissimulados momentos, pelos quais os amantes de cinema “rezam”, cada vez que as luzes se apagam na sua “igreja”.

Convido-vos a participar numa demanda que visa encontrar e debater momentos destes, em que música e imagem se mesclam perfeitamente. Momentos mágicos que estão dispersos em incontáveis cenas produzidas ao longo dos tempos.



Para começar esta aventura, a proposta é um filme que raramente é mencionado: principalmente, considerando a cena em questão. Falo-vos de “Perfume de Mulher” de Martin Brest. Nomeado, em 1993, para 4 Oscares, incluindo o de melhor filme, este drama americano é recordado sobretudo por ser a causa do único galardão da Academia atribuído à lenda viva, Al Pacino.

No papel do cego Tenente-Coronel Frank Slade, Pacino é colocado sob a tutela de um jovem interpretado por Chris O’Donnell. Estando ambos em encruzilhadas distintas nas suas vidas, têm de encontrar forma de conviver e sobreviver através de uma aprendizagem mutua.

Em determinada altura do filme, Frank convida uma bonita mulher para dançar o tango num restaurante.

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