É Natal meus caros
compinchas! Altura em que as fantasias têm propensão para tornar-se realidade!
Está um frio do caraças, há comida por todo o lado, prendas debaixo da árvore e
bons filmes na televisão! Fantasias a serem realizadas, tal como eu disse…
Amanhã, para acompanhar a
chegada do «Sandy Claws», a SIC decidiu agir contra o domínio do «maléfico» 4º
canal, agraciando-nos com dois dos melhores blockbusters dos últimos anos. Refiro-me a «Alice in Wonderland» de Tim Burton e «The Avengers» de
Joss Whedon. Para nos prepararmos
condignamente, irei começar por falar do denominado «nerd-gasm» que rasgou
qualquer competição na corrida às bilheteiras o ano passado.
Durante 4 longos anos, a
Marvel foi «piscando o olho» aos espectadores. Através de pequenas cenas
pós-créditos em todos os filmes que envolvessem os seus super-heróis, o sonho
molhado de qualquer fã de BD começou a ser revelado. No entanto a preocupação
instalou-se por todo o lado: conseguiriam os estúdios articular todas estas
personagens míticas no mesmo ecrã? A potencialidade para um dos maiores flops
da história estava a ser prevista, até que o nome do realizador foi anunciado.
Joss Whedon é um nerd.
E como qualquer nerd e fã de BD, consegue de olhos fechados enunciar as capacidades, personalidades e «background» de cada uma dos heróis da Marvel. Ah, e já mencionei o facto de ele ser um dos realizadores e escritores mais originais e competentes de Hollywood? Apesar de nunca ter visto «Firefly» e não ter sido um espectador assíduo de «Buffy», apreciei «Serenity» e «Cabin in the Woods», tentando perceber através deles a qualidade que poderia obter com «The Avengers».
Pequena diferença: este último teve 6 vezes mais orçamento que os seus primeiros projectos cinematográficos. Combinando a expectativa dos fãs, mais os egos das estrelas e dos estúdios que teria de gerenciar para conseguir levar o filme a bom porto, só podemos especular a quantidade ridiculamente elevada de pressão que Whedon estava a sentir.
E como qualquer nerd e fã de BD, consegue de olhos fechados enunciar as capacidades, personalidades e «background» de cada uma dos heróis da Marvel. Ah, e já mencionei o facto de ele ser um dos realizadores e escritores mais originais e competentes de Hollywood? Apesar de nunca ter visto «Firefly» e não ter sido um espectador assíduo de «Buffy», apreciei «Serenity» e «Cabin in the Woods», tentando perceber através deles a qualidade que poderia obter com «The Avengers».
Pequena diferença: este último teve 6 vezes mais orçamento que os seus primeiros projectos cinematográficos. Combinando a expectativa dos fãs, mais os egos das estrelas e dos estúdios que teria de gerenciar para conseguir levar o filme a bom porto, só podemos especular a quantidade ridiculamente elevada de pressão que Whedon estava a sentir.
Essa pressão acabou no
dia em que as primeiras salas de cinema se abriram para que o público pudesse
testemunhar história a ser feita. Se «Batman Begins» trouxe realismo ao que
antes eram apenas histórias de quadradinhos, «The Avengers» trouxe as histórias
de quadradinhos ao grande ecrã. E não apenas com efeitos-especiais, explosões e
one-liners da treta. Michael Bay acabou com a reputação de uma das melhores
franchises de sempre, «Transformers», com esses mesmos ingredientes.
Neste filme, se
conheceres um bocadinho da obra de Stan Lee (criador de grande parte das
personagens da Marvel, também conhecido por «o velhote que aparece em todos os
filmes de super-heróis»), saberás que estás a ver uma perfeita montagem de
todas as pecinhas de um puzzle há muito delineado.
O vilão de «Thor», envolve-se com os mistérios de «Captain America» (ou seja, o cubo mágico com poderes misticos) e com as possibilidades abertas em «Iron Man», tudo fazendo sentido de uma maneira que te deixa agradavelmente surpreendido! Quer isto dizer que o guião é esquisitamente escrito, colocando cada um dos poderosos Vingadores no seu lugar e dando-lhes tempo para se desenvolverem enquanto personagens.
O vilão de «Thor», envolve-se com os mistérios de «Captain America» (ou seja, o cubo mágico com poderes misticos) e com as possibilidades abertas em «Iron Man», tudo fazendo sentido de uma maneira que te deixa agradavelmente surpreendido! Quer isto dizer que o guião é esquisitamente escrito, colocando cada um dos poderosos Vingadores no seu lugar e dando-lhes tempo para se desenvolverem enquanto personagens.
Seria fácil errar nesse
parâmetro, distribuindo desproporcionalmente a importância de cada um dos
elementos desta equipa. Mais uma vez, crédito ao realizador/escritor: cada
herói/vilão tem a oportunidade de se impor, tendo sempre presente a sua
personalidade. Qual é o efeito que este desenvolvimento tão personalizado e
cuidado tem? Quando a acção estala, e aliens começam a ser rebentados, nós,
enquanto público, realmente importamo-nos e compreendemos o porquê de cada um
dos nossos «amigos» fazer o que está a fazer.
Loki (Tom Hiddlestone no
papel do vilão que maior deleite nos trás, desde o Joker de Heath Ledger)
domina as mentes de Hawkeye (Jeremy Renner) e do Dr. Selvig (Stellan
Skarsgard), preparando-se para convocar à Terra um exército de aliens com o
auxílio do tal cubo místico. A missão? É o costume: domínio planetário! Cabe ao
Capitão América, ao Hulk, ao Thor, ao Homem-de-Ferro, à Viúva Negra e restantes
membros dos S.H.I.E.L.D pará-lo e salvar o mundo!
Cada uma das actuações
são 100% apropriadas às personagens, sendo de destacar Mark Ruffalo no papel de
Hulk/Bruce Banner e um senhor chamado Robert Downey Jr., que ninguém deve
conhecer, mas é um auto-proclamado filantropista, génio, playboy e milionário…
Ou será que é a personagem dele?
Bem, palavras para quê?
Eu recomendo «The Avengers» a qualquer fã de entretenimento puro. Tem as suas
falhas, obviamente: o facto de todos conseguirem comunicar magicamente, a falta
de lógica nalgumas acções (nomeadamente pela parte de Thor) e a parvoíce de o
«herói sobreviver no último segundo». E sim, o «todos têm de ter algo para
fazer» torna-se repetitivo, mas apenas para quem quiser visionar o filme mais
exaustivamente.
Não é o «The Master» ou
«2001: A Space Odissey», em que cada frame, cada palavra pode ter um
significado escondido. É sim o melhor entretenimento que o «sistema» nos pode
oferecer nos dias de hoje, apelando a todos e a qualquer um. Não o percas amanhã ou em qualquer outro dia.
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